06 abril 2011

Agrotóxicos parte II: Modelos de agronegócio

                                      É a agricultura familiar que nos alimente Senadora Kátia

Outro aspecto nebuloso em relação aos agrotóxicos reside no modelo de agronegócio que elerepresenta: O latifúndio mecanizado monocultor exportador.

E aqui temos um de seus aspectos mais perversos. As empresas multinacionais fornecem as sementes, os fertilizantes e os defensivos agrícolas. Ou seja, dominam totalmente o setor.

Onde o agronegócio atual se instala acontece o seguinte: destruição da biodiversidade em detrimento de uma única cultura. Plantas medicinais e ornamentais, frutíferas, ervas e toda diversidade são eliminadas. Por consequência a fauna também muda. Prepara-se o terreno com toneladas de fertilizantes e corretores do solo ( pois o solo tem de adaptar-se a nova cultura). Depois mais toneladas de defensivos agrícolas.

A mão-de-obra ( geralmente pequenos proprietário rurais empobrecidos) fica exposta aos agrotóxicos, que causam problemas no sistema respiratório, nervoso e alergias. Geralmente não são registrados. Pior. Vivem em condições analogas a escravidão. Estima-se pelo Ministério do Trabalho que somente em Mato Grosso cerca de 17 mil trabalhadores estão submetidos a esta realidade.

Além disso, o agronegócio de hoje se baseia em mentiras propagadas pelos meios de comunicação. Por exemplo:

"O agrnegócio fornece alimento barato para os brasileiros." (Senadora Kátia Abreu). Mentira, pois os latifundiários produzem para o mercado externo algodão, soja, cana e laranja. Quem produz feijão, hortaliças, frutas e legumes são os pequenos agricultores.

"O agronegócio fortalece e impusiona a economia de nosso país. Vale a pena investir".( Revista Veja). Outra mentira. Os próprios ruralistas reclamam que grande parte dos lucros vai para o pagamento das sementes, fertilizantes e defensivos, das empresas multinacionais.

Em relação ao financiamento, mais uma vez nosso governo privilegia o latifúndio. Estima-se que 95% do financiamento são para grandes fazendeiros, enquanto somente 5% vai para os pequenos agricultores, aqueles que realmente produzem comida para os brasileiros. Ou seja: O dinheiro dos nossos impostos estão à dispor daqueles que produzem para exportação. Está à serviço do mercado e das multinacionais do setor. Estamos pagando caro para sermos envenenados por produtos condenados em quase todo mundo.

E o que ganhamos com isso? Nada, pois quando o preço dos commodities sobe no exterior, sofremos com a alta dos preços. O Açucar é um exemplo. Quando sobe o preço no mercado internacional, ficamos sem álcool. A carne bovina também é um exemplo.

O panorama parece que vai piorar, pois tanto o governo quanto congressistas parecem estarem dispostos a sucumbirem aos interesses do grande negócio. O novo código florestal, defendido por Aldo Rebelo, é altamente benéfico aos ruralistas. Ná prática vai autorizar mais desmatamento. Estamos partindo para a destruição sistemica de nosso meio ambiente, com apoio daqueles que deveriam cuidar do meio ambiente.


Infelizmente nossos governantes e legisladores estão à serviço das empresas que nos envenenam e destroem o meio ambiente, e por consequência contra a saúde popular e o povo, que no fim das contas não passa de um voto.

Viva o Brasil!

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