29 março 2011

Agrotóxicos parte I: Meio Ambiente

                                                 O alimento que o agronegócio nos oferece


O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Em 2010 foram mais de um bilhão de litros, segundo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola. Um negócio totalmente dominado por grandes companhias internacionais como a Monsanto e a Chemical Brothers, envolvendo um mercado bilionário.

Porém, existem outros aspectos a serem abordados. Este assunto envolve a discussão de um novo modelo do agronegócio, segurança alimentar e a defesa do meio ambiente.

Começaremos pela defesa do meio ambiente.

Primeiramente, o uso de agrotóxicos vem sendo feito de maneira irresponsável, segundo pesquisas do médico Wanderlei Pignati. A legislação brasileira está claramente à serviço das produtoras de agrotóxicos. Aqui no Brasil se permite usar produtos já condenados e proibidos em outras regiões do mundo, como o Paraquat e o Endossulfam (proibidos há mais de 20 anos na Europa). Esta permissividade tem como consequência a contaminação do solo, do ar e da água.

Há cinco anos atrás, em Lucas do Rio Verde, ocorreu um acidente, que nos dá uma idéia da irresponsabilidade e do descaso do governo e dos produtores rurais em relação ao tema.

Um avião pulverizava uma plantação quando uma mudança na direção do vento levou a nuvem de agrotóxicos para a cidade. "Uma nuvem foi para dentro da cidade e queimou todas as plantas medicinais. Tinha um horto de plantas medicinais com mais de 100 canteiros que abastecia várias cidades. Foram queimadas as hortaliças e plantas ornamentais da cidade também. Deu um surto agudo de vômito, diarréia e alergia de pele em crianças e idosos". Relatou Pignati

Resultado: 40% da população contaminada por Endossulfam e 100% contaminados com agrotóxicos diversos que podem causar câncer, distúrbios psicológicos, alergias, além de atacar o sitema nervoso.

Aqui a legislação não tem acompanhado o resultados das pesquisas da comunidade cintífica. Ao invés disso, se adapta aos interesses das multinacionais que comandam o setor petroquímico. Ou seja: O mesmo grupo que fabrica as sementes transgênicas, fornece os fertilizantes, os agrotóxicos e ainda fabrica os remédios para as populações contaminadas. Um ciclo sinistro.

Pesquisas mostraram que 100% (isso mesmo) das mães em Lucas do Rio Verde contaminam seus filhos durante a amamentação com pesados agrotóxicos.

Aqui entrevista de Wander Pignati, pesquisador da FIOCRUZ, dizendo que o gverno gasta mais para atestar a qualidade da carne bovina e da soja do que com a saúde da população contaminada.

Aqui Raquel Rigotto, pesquisadora da Universidade Federal do Ceará, falando sobre a contaminação do meio ambiente e dos seres humanos.

Se nada for feito em relação a ese quadro, estima-se que o agronegócio, tal como se apresenta ,levará o Brasil a ser um país de meio ambiente e pessoas contaminadas, enquanto os empresários do setor irão auferir lucros altíssimos pelo tempo em que a natureza suportar tal contaminação. E grande parte deste lucro pertencerá as grandes empresas petroquimicas internacionais.

No próximo post a defesa de um novo modelo de agronegócio.


3 comentários:

  1. camarada lauri lendo essa postagem te recomendo dois filmes: o mundo segundo a monsanto e o marketing da loucura, sendo o último disponibilizado no you tube. assim como da servidão moderna, abs andre

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  2. Acho que não tem solução à vista, Lauri. Grandes produtores de alimento,monopólios e veneno para assegurar maior produção. E que se danem os que comem. E quando os grande resolverem parar de produzir feijão, por exemplo, teremos de comer outra coisa, folha de cana , por exemplo. Feijão já era. De quem é a culpa? Dizem uns que é da Tv, da escola. Da Tv, porque mostrou outras possibilidades de vida e de emprego para quem vivia ralando na roça sem ganhar nada e sem perspectiva. Da escola porque possibilitou outros tipos de emprego e vida. Seja isso ou não, ninguém quer mais capinar por nada, emora a vida nas grandes cidads seja bem mais dura para muitos do que a ocupação numa pequena lavou... será? MAS DIZEM TAMBÉM QUE O CULPADO É O GOVERNO QUE , HÁ DÉCADAS, CONTAVA COM UM NÚMERO ENORME DE PEQUENOS AGRICULTORES PRODUZINDO PARA SI E MAIS UMA SOBRA PARA VENDER - E SUPLICANDO UMA CAMINHONETE PARA ESCOAR A PRODUÇÃO. o GOVERNO TARDOU COM A AJUDA PEDIDA, OS PEQUENOS DESISTIRAM - E AGORA TEM MAIS FINANCIAMENTOS, MAS NÃO TEM MAIS PEQUENOS PRODUTORES. eXEMPLO: NA BARRA TINHA MAIS DE 200 PEQUENOS PRODUTORES; HOJE NÃO TEM NEM UM. nEM UM. o QUE TEM SÃO PEQUENOS CIADORES DE VACA QUE TIRAM UM LEITINHO E QUE VÃO PARA TAMBÉM PORQUE NÃO TEM MAIS QUE LIMPE OS PASTOS. e TEM MIAS: DIZEM OUTROS QUE OS CULPADOS, AGORA, SÃO A GENTE DO IEF, QUE INVENTARAM, COMO NA IDADE MÉDIA, A IDÉIA DE QUE O MUNDO VAI ACABAR COM A DEVASTAÇÃO DAS FLORESTAS - E QUE SAIRAM POR AÍ PUNINDO PEQUENINOS LAVRADORES DESAVISADOS- QUANDO OS CAUSADORES DA DEVASTAÇÃO DO PLANTA SÃO OS GRANDES, OS DONOS DE MEPRASA DE FABRICAÇÃO DE CARRO, OS MORADORES DAS CIDADES QUE CAGAM, DESPERDIÇAM, E EMPESTAM O MUNDO DE LIXO PLÁSTICO, AR CONDICIONADO, CARRO ATÉ PARA IR AO BANHEIRO... cASO SÉRIO!!!

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  3. Vá para uma beira de floresta e comece a viver lá. Você verá como é sujo, lixento, sujão. Um papel daqui, um plástico de lá, um papelãozinho, um saquinho de pó de café, de açúcar, uma latinha de refrigerante, etc, etc. Isso tudo vai se acumulando, brigando com o vento, grudando ao seu arredor... e voc~e vai vedo, como nunca, o quanto de lixo produz uma pessoa. Verá o que não dá para ver na cidade, quando nosso lixo se mistura aos demais e fica sendo o lixo, indefinido. Mas, longe da cidade, na beira de uma mata, o lixo vai aparecendo como seu mesmo. E verá o quanto de esforço, disciplina é preciso para gerar menos lixo e para dar destino ao que infalívelmente produz como homem moderno. Só a educação poderá dar jeito - e esta é uma bosta, uma água rala, com escolas ruins e professores mal pagos e outros que são mesmo uma tranqueira que as benesses polícas misturou aos bons. Sem educação não tem meio ambiente preservado.

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