Neste fim de semana o presidente dos Estados Unidos veio ao Brasil. Embora a grande mídia tenha se embasbacado com a simpatia da "primeira família", a visita tinha como objetivos:
1- Garantir que as empresas estadunidenses participem ativamente da exploração do pré-sal.
Obama sinalizou com um "generoso" financiamento de 1 bilhão de dólares (a China já acenou com 10 bi). A área de energia é vital para os EUA. Mas eles querem é explorar sem custos e criar tragédias ambientais a exemplo da Flórida.
2- O objetivo secundário é a venda de caças para o Brasil. Sem transmissão de tecnologia.
O resto foi puro jogo de cena. Obama tem boas idéias, mas não representa a sociedade conservadora de seu país. Não há base social sólida para seu pensamento. Seu eleitorado, embora grande, não tem poder institucional.
Obama, em outras palavras, não consegue concessões nem pra ele, nem para suas promessas de campanha. Quanto mais para o Brasil.
Não haverá nenhum apoio para o Brasil ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Não haverá redução de tarifas para brasileiros venderem etanol ou algodão. Nada.
O mesmo Obama que prometeu um SUS norteamericano, que prometeu fechar a prisão de Guantanamo e tributar as maiores fortunas do país. E não fez nada disso. Porque não tem poder. Não tem base institucional sólida.
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Por isso o Lula não compareceu ao jantar dele. Obama só promete. Sua visita foi para defender os interesses dos petroleiros yanques.
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